segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Artilharia da Copa do Mundo de 2022

Boa noite a todos e a todas.

Mais uma Copa do Mundo virou história e este torneio marcou não só por um dos finais mais épicos da história das Copas com a artilharia sendo decidida somente na prorrogação, como também pelo alto número de gols e pela volta de uma classe considerada extinta no futebol, a dos pontas autênticos que partem em velocidade entortando laterais antes de cruzar ou chutar a gol.

Tivemos enfim o sonho argentino ser realizado depois de 36 anos de espera com uma campanha dramática e quase sempre no fio da navalha, mas teve Messi com uma gana jamais vista. Talvez por ser a última chance de ser campeão, ele jogou como nunca e comandou a equipe no mesmo estilo de Diego Maradona rumo a taça. Despediu-se com honras e com a certeza de ter colaborado no surgimento de uma nova geração de jogadores que brilharão nas próximas copas o suficiente para manter a Argentina sempre nas cabeças. Nunca subestime uma grande força...

Os franceses, apesar da derrota nos pênaltis, tiveram a certeza de que tem um craque capaz de levá-los ainda mais longe, Mbappé. Ele tem só 23 anos e já fez muita história nas suas duas participações até agora. Será o grande líder de uma seleção com bons valores pro futuro. A glória ainda os espera...

Outras gratas surpresas foram a Croácia que não se esperava nada de um time envelhecido mas tinha um Modric em estado de graça e o Marrocos que levou pela primeira vez uma seleção de etnia árabe e a África a ficar entre os quatro primeiros graças a uma campanha fantástica onde revelou não só um grande técnico (Regragui) como também grandes jogadores (Amrabat, Ounahi, Ziyech, Saiss e até o próprio En-Nesyri) que certamente repetirão suas boas atuações em 2026. Olho neles no próximo ciclo...

Tivemos também a Inglaterra que mostrou jovens jogadores de valor como Saka, Rashford e Bellingham que certamente voltarão a brilhar em 2026, a Austrália que mostrou ser bem organizada vendendo caríssimo a derrota para a Argentina, o Japão que conseguiu a proeza de terminar em primeiro num grupo fortíssimo e só caiu nos pênaltis para os croatas e até mesmo o Canadá que apesar de fazer uma campanha considerada fraca, mostrou ser um bom time que tem tudo pra brilhar em 2026 onde será uma das anfitriãs. Bons presságios para os Canucks...

Falamos das surpresas, agora vamos para as decepções que incluo aqui o Brasil de uma maneira mais leve. Até jogou bem essa Copa, o problema foi um misto de prioridades erradas como dancinhas e outras coisas mais, a falta de ousadia do técnico Tite em não fazer substituições necessárias para melhorar o time e o azar de perder dois laterais esquerdos e um atacante por lesão. Se o Brasil quiser voltar a ser campeão, vai ter que mudar muita coisa desde a atitude em campo e o comprometimento dos jogadores extracampo. Ou seja, o trabalho será bem árduo aqui...

Porque tivemos outras seleções que tiveram uma decepção bem mais pesada como por exemplo a dupla da península ibérica (Portugal e Espanha). Embora os portugueses tenham chegado as quartas-de-final, tiveram atuações pífias na maior parte do tempo só tendo um espasmo na goleada de 6 x 1 sobre a Suíça e ficaram marcados pelo incidente com Cristiano Ronaldo que brigou com o técnico e acabou no banco de reservas. Pra um jogador como ele, foi um fim patético a sua história em Copas do Mundo apesar de ser o primeiro a marcar gols em cinco Copas seguidas. São os sinais também de um adeus do futebol que não tarda a chegar...

Os espanhóis foram ainda pior. Fizeram uma fase de grupos horrorosa e por alguns minutos ficou de fora das oitavas só sendo salvos pela Alemanha (outra decepção que poderia ter feito um pouco mais nesta Copa). Não era de se admirar que foram merecidamente eliminados pelos marroquinos. O que esperar de um time que toca, toca e não finaliza a gol? Nada além disso. O pessoal tem que entender que futebol é botar a bola na casinha, em outras palavras é a finalização que importa, não a posse de bola. Além de uma lentidão irritante, é claro...

E o Uruguai, hein? Tudo bem que tivemos pênaltis meio que suspeitos, mas são erros que fizeram justiça a um time totalmente perdido em campo e um técnico igualmente teimoso que insistiu em não colocar Cavani e Suarez juntos como nas Copas anteriores além de colocar tardiamente De Arrascaeta pra jogar. Tem bons valores pra 2026, mas um péssimo técnico que precisará evoluir muito. Complicadas as coisas aqui...

Tivemos ainda a Bélgica que veio toda cheia de banca e só acabou fazendo um mísero golzinho em três partidas. Contra a Croácia foi um caminhão de chances perdidas que custou a vaga pras oitavas e provavelmente a despedida de meio mundo daquele time que tanto brilhou em 2018. Se perdeu pelo caminho...

E a Dinamarca que chegou bem cotada e foi surpreendida não só pela Austrália mas por sua própria falta de organização ofensiva. Sem centroavante não dá, né...

Depois destas pinceladas todas, vamos aos artilheiros desta Copa.

8 Gols: Mbappé (França)

7 Gols: Messi (Argentina)

4 Gols: Julian Alvarez (Argentina) e Giroud (França)

3 Gols: Richarlison (Brasil); Enner Valencia (Equador); Morata (Espanha); Gakpo (Holanda); Rashford e Saka (Inglaterra) e Gonçalo Ramos (Portugal)

2 Gols: Fullkrug e Havertz (Alemanha); Al-Dowsari (Árábia Saudita); Goodwin (Austrália); Neymar (Brasil); Aboubakar (Camarões); Cho Gue-Sung (Coréia do Sul); Ferran Torres (Espanha); Kudus (Gana); Weghorst (Holanda); Harry Kane (Inglaterra); Taremi (Irã); Doan (Japão); En-Nesyri (Marrocos); Lewandowski (Polônia); Bruno Fernandes e Rafael Leão (Portugal); Mitrovic (Sérvia); Embolo (Suiça) e De Arrascaeta (Uruguai)

1 Gol: Gnabry e Gundogan (Alemanha); Al-Shehri (Arábia Saudita); Di Maria, Enzo Fernandez,  Mac Allister e Molina (Argentina); Duke e Leckie (Austrália); Batshuayi (Bélgica); Casemiro, Lucas Paquetá e Vinicius Júnior (Brasil); Casteletto e Choupo-Moting (Camarões); Alphonso Davies (Canadá); Mohammed Muntari (Catar); Hwang Hee-Chang, Kim Goung-Hwon e Paik Seung-Ho (Coréia do Sul); Fuller, Tejeda e Vargas (Costa Rica); Gvardiol, Livaja, Majer, Orsic, Perisic e Bruno Petkovic (Croácia); Andreas Christensen (Dinamarca); Caicedo (Equador); Asensio, Dani Olmo, Gavi e Carlos Soler (Espanha); Pulisic, Timothy Weah e Wright (Estados Unidos); Kolo Muani, Rabiot, Tchouameni e Théo Hernandez (França); Gareth Bale (Gales); André Ayew, Bukari e Salisu (Gana); Blind, De Jong, Depay, Dumfries e Klaassen (Holanda); Bellingham, Foden, Grealish, Henderson e Sterling (Inglaterra); Rezaeian e Roozbeh (Irã); Asano, Maeda e Tanaka (Japão); Abouklhal, Dari, Saiss e Ziyech (Marrocos); Luís Chavez e Martín (México); Zielinski (Polônia); Cristiano Ronaldo, João Félix, Pepe, Raphael Guerreiro e Ricardo Horta (Portugal); Dia, Diedhiou, Dieng e Koulibaly (Senegal); Milinkovic-Savic, Pavlovic e Vlahovic (Sérvia); Akanji, Freuler e Shaqiri (Suíça) e Khazri (Tunísia)

Gol Contra: Aguerd (Marrocos) a favor do Canadá

Curiosidades: Foram marcados 172 gols nesta Copa, o maior número de gols na história das Copas, mas a média foi de 2,6 por partida. O alto número de empates por 0 x 0 também ajudou a cair a média de gols, foram sete ao todo na fase de grupos com quatro deles apenas na primeira rodada, a pior desde 1982. Uma pena não ter a média aumentado tanto...

Canadá e Catar marcaram seus primeiros gols em Copas do Mundo e Lewandowski e Messi marcaram os gols 2600 e 2700 da história das Copas contra Arábia Saudita e Holanda respectivamente. Coisa de craques...

A Espanha fez seu centésimo gol em Copas do Mundo tendo Dani Olmo a honra de ter marcado contra a Costa Rica na goleada de 6 x 1. O problema é que o pessoal gastou os gols tudo ali...

Com relação aos hat-tricks foram apenas dois, o de Gonçalo Ramos que fez três contra a Suíça e o mais histórico deles, o de Mbappé que fez três gols na final contra a Argentina sendo o segundo a fazer isso em Mundiais depois de Geoff Hurst em 1966 contra a Alemanha. A diferença é que o hat-trick de Mbappé foi o primeiro genuíno da história das Copas, já que é bom sempre lembrar que um dos gols do inglês foi o famoso gol-fantasma onde a bola nunca entrou. A do francês todas entraram...

E assim, chegamos ao fim de mais um trabalho sobre Copas do Mundo.

Agradeço aos leitores e leitoras fieis por terem acompanhado esta empreitada do início ao fim.

Obrigado por tudo e até a próxima.             

domingo, 18 de dezembro de 2022

A Grande Final da Copa do Mundo de 2022

Boa tarde a todos e a todas.

O que dá pra dizer desta final de hoje entre argentinos e franceses se resume em apenas quatro palavras: belo, épico, trágico e inesquecível. Qualquer uma das duas seleções merecia a taça e os argentinos levaram a melhor nos pênaltis sendo campeões depois de 36 anos e dando a Messi uma despedida digna em Copas do Mundo.

Vamos para a última ficha técnica e nossa última análise agora.

Argentina 3(4) x (2)3 França

Local: Estádio Lusail, em Lusail
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Gols: Lionel Messi (duas vezes), Angel Di Maria (Argentina), Kylian Mbappé (três vezes) (França)
Cartões amarelos: Enzo Fernández, Marcus Acuña, Gonzalo Montiel, Leandro Paredes (Argentina), Adrien Rabiot, Marcus Thuram, Olivier Giroud (França)
Cartões vermelhos:
 nenhum

Argentina: Emiliano Martínez; Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico (Paulo Dybala); Rodrigo de Paul (Leandro Paredes), Enzo Fernández e Alexis Mac Allister (Germán Pezzella); Lionel Messi, Julián Álvarez (Lautaro Martínez) e Ángel Di Maria (Gonzalo Montiel). Técnico: Lionel Scaloni

França: Hugo Lloris; Jules Koundé (Axel Disasi), Raphaël Varane (Ibrahima Konaté), Dayot Upamecano e Theo Hernández (Eduardo Camavinga); Aurélien Tchouaméni e Adrien Rabiot (Youssouf Fofana); Ousmane Dembélé (Randal Kolo Muani), Antoine Griezmann (Kingsley Coman) e Kylian Mbappé; Olivier Giroud (Marcus Thuram). Técnico: Didier Deschamps


OPINIÃO: Uma final com F maiúsculo. Em 120 minutos, houve tantas nuances e tantas reviravoltas que devemos contar esta análise em algumas partes. No primeiro tempo do tempo normal, foi um verdadeiro monólogo argentino com as oportunidades saindo naturalmente. Tudo bem que o pênalti foi meio que cavado do Di Maria embora Dembélé tenha sido imprudente. Mas lá estava Messi cobrando o pênalti e abrindo o marcador. Depois, o craque argentino começou a jogada que culminou no belo gol de Di Maria para aumentar o marcador. No entanto, Deschamps fez duas mudanças arriscadas no primeiro tempo que lentamente foi transformando o jogo. Quando o segundo tempo veio, Di Maria teve que sair devido as suas precárias condições físicas e a França começou a crescer no jogo. E Mbappé apareceu no momento certo e na hora certa fazendo dois gols em menos de cinco minutos. O primeiro num pênalti bobo cometido por Otamendi e o segundo em um golaço de puxeta onde não deixou a bola cair. Com a entrada de Kolo Muani, o time melhorou mais ainda, mas não conseguiu evitar a prorrogação.

Nela, foi a vez de Scaloni fazer uma substituição arriscada colocando Lautaro Martínez em campo e a resposta foi certeira. Através de uma jogada sua, Messi aproveitou o rebote de Lloris e fez 3 x 2 que dava o título para os argentinos naquele momento. 

No entanto, houve um segundo pênalti bobo cometido por Montiel que Mbappé bateu e fez o segundo hat-trick em finais na história das Copas. Terminou? Ainda não.

Cada equipe ainda teve uma chance de evitar os pênaltis com os franceses perdendo a sua nos acréscimos com Kolo Muani chutando pra grande defesa de Emiliano Martínez. Mbappé ainda quase marcou um gol de placa com o zagueiro salvando no último instante e levando para os pênaltis.

E ali, novamente Emiliano Martinez fez a diferença. Defendeu a cobrança de Coman e viu a de Tchouameni ir pra fora. Montiel teve tempo suficiente pra virar herói cobrando o pênalti decisivo que deu o título aos argentinos após longos 36 anos de espera. Sem dúvida, uma das melhores finais da História das Copas que ficará para sempre na memória de quem assistiu.

Nota do Jogo: 10


E com isso, a Copa do Mundo chegou ao fim. Agradeço mais uma vez ao Só Súmulas por ter dado este espaço a mim para relatar mais uma emocionante disputa que por muito pouco mesmo não registro. Tive uma síncope feia que quase me matou em 2020 e passei também pela COVID desejando ver mais uma Copa do Mundo e graças a deus, consegui esse intento.


Amanhã, leitores e leitoras fieis, sairá o post da artilharia da Copa de 2022 que só foi decidida nos minutos finais do jogo de hoje a favor de Mbappé.


Até lá. 

sábado, 17 de dezembro de 2022

Decisão do Terceiro Lugar da Copa de 2022

Boa noite a todos e a todas.

Hoje definiu-se o terceiro colocado desta Copa que acabou nas mãos da Croácia como ocorreu em 1998. Marrocos foi valente e lutou o quanto pode, mas o quarto lugar obtido foi digno de aplausos pela histórica campanha que já estará na memória de todos aqueles que acompanharam esta trajetória.

Vamos a ficha técnica e a análise da penúltima partida desta Copa do Mundo no Catar.

Croácia 2×1 Marrocos
Local: Estádio Khalifa International, em Doha
Árbitro: Ibrahim Al-Jassim Abdulrahman (Catar)
Gols: Josko Gvardiol, Mislav Orsic (Croácia), Achraf Dari (Marrocos)
Cartões amarelos: Azzedine Ounahi, Selim Amallah (Marrocos)
Cartões vermelhos: nenhum

Croácia: Dominik Livakovic; Josip Stanisic, Josip Sutalo, Josko Gvardiol e Ivan Perisic; Lovro Majer (Mario Pasalic), Luka Modric, Mateo Kovacic e Mislav Orsic (Kristijan Jakic); Andrej Kramaric (Nikola Vlasic) e Marko Livaja (Bruno Petkovic). Técnico: Zlatko Dalic
Marrocos: Bono; Achraf Hakimi, Jawad El Yamiq (Selim Amallah), Achraf Dari (Badr Benoun) e Yahia Attiyat Allah; Sofyan Amrabat, Bilal El Khannouss (Azzedine Ounahi) e Abdelhamid Sabiri (Ilias Chair); Hakim Ziyech, Youssef En-Nesyri e Sofiane Boufal (Anass Zaroury). Técnico: Walid Regragui

OPINIÃO: Um jogo muito equilibrado no primeiro tempo enquanto os marroquinos tinham pernas pra isso. Dois gols saíram muito cedo do mesmo jeito: em cabeçadas certeiras tanto de Gvardiol quanto de Dari. O equilíbrio só foi desfeito quando Orsic marcou o gol da vitória em um belo chute que encobriu Bono. O segundo tempo foi marcado pelos croatas tentando atacar e os marroquinos tendo que lidar com o desgaste físico chegando ao ponto de terminar o jogo sem nenhum defensor de origem. En-Nesyri ainda teve a chance de empatar o jogo mas parou em Livakovic e Pasalic de matar o jogo no fim, mas chutou para fora. No fim, o resultado foi justo para os croatas que levaram outra medalha de bronze para casa com o terceiro lugar obtido e os marroquinos terminaram sua campanha de cabeça erguida e com a certeza de ter formado uma boa base pra 2026. Tem tudo para continuar surpreendendo a todos.
Nota do Jogo: 8

Por enquanto é isso, leitores e leitoras fieis.
Amanhã é o grande desfecho onde um deles será o novo tricampeão.

Até lá.  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Segunda Semifinal da Copa do Mundo de 2022

Boa noite a todos e a todas.

Hoje realizou-se a segunda semifinal da Copa do Mundo com os franceses classificando-se para a final meio que no sufoco contra os marroquinos que mostraram mais uma vez o porquê de ter chegado tão longe.

Vamos a ficha técnica e a análise desta antepenúltima partida desta Copa do Mundo.

França 2×0 Marrocos

Local: Estádio Al Bayt, em Al Khor
Árbitro: Cesart Arturo Ramos Palazuelos (México)
Gols: Theo Hernández, Randal Kolo Muani (França)
Cartões amarelos: Sofiane Boufal (Marrocos)
Cartões vermelhos: nenhum

França: Hugo Lloris; Jules Koundé, Raphaël Varane, Ibrahima Konaté e Theo Hernández; Aurélien Tchouaméni, Youssouf Fofana; Ousmane Dembélé (Randal Kolo Muani), Antoine Griezmann e Kylian Mbappé; Olivier Giroud (Marcus Thuram). Técnico: Didier Deschamps

Marrocos: Bono; Achraf Hakimi, Jawad El Yamiq; Achraf Dari, Romain Saïss (Selim Amallah, depois Abdessamad Ezzalzouli)) e Noussair Mazraoui (Yahia Attiyat Allah); Hakim Ziyech, Azzedine Ounahi, Sofyan Amrabat e Sofiane Boufal (Zakaria Aboukhlal); Youssef En-Nesyri (Abderrazak Hamdallah). Técnico: Walid Regragui


OPINIÃO: Um grande jogo de duas equipes que tem na velocidade seu ponto em comum. Os franceses marcaram um gol cedo com Theo Hernandez chutando após um desvio na zaga que traiu o goleiro Bono e tiveram uma chance de ouro pra matar o jogo com Giroud acertando a trave. Os marroquinos tiveram sua oportunidade em uma linda bicicleta de El Yamiq que também acertou a trave. Na etapa final, os marroquinos cresceram com as substituições de Regragui e criaram boas oportunidades pra empatar, mas em um contra-ataque mortal, Mbappé chutou, a bola desviou mais uma vez na zaga e sobrou limpinha pra Kolo Muani, que havia acabado de entrar, chutar forte e sacramentar a classificação francesa as finais pela segunda vez seguida onde enfrentarão os argentinos em uma final onde tudo pode acontecer. Quanto aos marroquinos, virão babando pelo terceiro lugar com boas possibilidades de êxito. Sem dúvida, uma Copa onde pode-se dizer que tem boas histórias pra contar.

Nota do Jogo: 9     


Por enquanto é isso, leitores e leitoras fieis.

Restam agora apenas dois jogos para o fim de mais uma Copa do Mundo.


Até lá.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Primeira Semifinal da Copa do Mundo de 2022

Boa noite a todos e a todas.

Hoje realizou-se a primeira semifinal desta Copa do Mundo onde a Argentina mostrou sua força ao mundo tornando-se o primeiro finalista com justiça e uma atuação fantástica de Messi.

Vamos a ficha técnica e a análise desse jogo.

Argentina 3×0 Croácia

Local: Estádio Lusail, em Lusail
Árbitro: Daniele Orsato (Itália)
Gols: Lionel Messi e Julián Álvarez (duas vezes) (Argentina)
Cartões amarelos: 
Nicolás Otamendi, Cristian Romero (Argentina), Dominik Livakovic, Mateo Kovacic (Croácia)
Cartões vermelhos:
 nenhum

Argentina: Emiliano Martínez; Nahuel Molina (Juan Foyth), Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico; Rodrigo de Paul (Exequiel Palacios), Leandro Paredes (Lisandro Martínez), Enzo Fernández e Alexis Mac Allister (Angel Correa); Julián Álvarez (Paulo Dybala) e Lionel Messi. Técnico: Lionel Scaloni

Croácia: Dominik Livakovic; Josip Jurannovic; Dejan Lovren, Josko Gvardiol e Borna Sosa (Mislav Orsic); Marcelo Brozovic (Bruno Petkovic), Mateo Kovacic e Luka Modric (Lovro Majer); Mario Pasalic (Nikola Vlasic), Andrej Kramaric (Marko Livaja) e Ivan Perisic. Técnico: Zlatko Dalic


OPINIÃO: Uma partida em que os argentinos tiveram as rédeas do jogo por boa parte do tempo. Bem que os croatas tentaram fazer a mesma tática que deu certo contra o Brasil e que por alguns minutos acharam que conseguiriam algo de bom, mas se esqueceram de que havia do outro lado um jogador que queria despedir-se das Copas com grande estilo, Messi.

E ele abriu o caminho primeiro por dar o passe para Enzo Fernandez sofrer o pênalti e depois por ele mesmo bater e converter a cobrança. Depois por dar uma ajudinha na incrível jogada pessoal de Julian Alvarez que como uma jamanta desgovernada, atropelou toda a zaga croata e até o goleiro pra fazer o segundo gol no melhor estilo tanque rompedor.

No segundo tempo, teve sua cereja do bolo fazendo uma jogada em velocidade deixando Gvardiol sem pai nem mãe e dando um cruzamento rasteiro e açucarado para Alvarez marcar seu segundo gol no jogo sacramentando a classificação argentina para a final depois de oito anos. Os croatas não jogaram tão mal, mas tiveram o azar de encontrar um Messi em dia inspirado. Tem boas chances de garantir o terceiro lugar, o que seria um feito e tanto pra um time que chegou muito desacreditado a Copa. 

Nota do Jogo: 8


Por enquanto é isso, leitores e leitoras fieis.

Amanhã teremos a segunda semifinal desta Copa que já está começando a deixar saudades.


Até lá.  

sábado, 10 de dezembro de 2022

Segundo e Último Dia das Quartas-de-Final da Copa do Mundo de 2022

Boa noite a todos e a todas.

As quartas-de-final se encerraram hoje com a classificação histórica dos marroquinos e a dramaticidade dos franceses em conseguir sua ida a semifinal pela segunda vez seguida. 

Vamos as fichas técnicas e as análises dos dois jogos restantes das quartas-de-final realizados hoje.

Marrocos 1×0 Portugal

Local: Estádio Al-Thumana, em Al-Thumana
Árbitro: Facundo Tello (Argentina)
Gols: Youssef En-Nasyri (Marrocos)
Cartões amarelos: Achraf Dari, Walid Cheddira (Marrocos), Vitinha (Portugal)
Cartões vermelhos: Walid Cheddira (Marrocos)

Marrocos: Bono; Achraf Hakimi, Jawad El Yamiq, Romain Saïss (Achraf Dari) e Yahia Attiyat Allah; Sofyan Amrabat, Azzedine Ounahi e Selim Amallah (Walid Cheddira); Hakim Ziyech (Zakaria Aboukhlal), Youssef En-Nesyri (Badr Benoun) e Sofiane Boufal (Yahya Jabrane). Técnico: Walid Regragui

Portugal: Diogo Costa; Diogo Dalot (Ricardo Horta), Pepe, Rúben Dias, Raphaël Guerreiro (João Cancelo); Rúben Neves (Cristiano Ronaldo), Otávio (Vitinha) e Bernardo Silva; Bruno Fernandes, Gonçalo Ramos (Rafael Leão) e João Félix. Técnico: Fernando Santos


OPINIÃO: Um jogo onde mais uma vez a proposta marroquina funcionou. Não somente defendeu-se bem das investidas portuguesas durante toda a partida como contra-atacou sempre com perigo e em dado momento, tomou as rédeas do jogo. O gol de cabeça de En-Nesyri após um cruzamento milimétrico da esquerda coroou o bom desempenho marroquino no primeiro tempo. Bem que os portugueses tentaram equilibrar as ações no segundo tempo, mas nem a entrada de Cristiano Ronaldo e nem mesmo a expulsão infantil de Cheddira mudou alguma coisa na partida. Pelo contrário, os marroquinos fecharam-se bem na defesa e deram uma ou duas estocadas perigosas no fim. Resultado histórico para o Marrocos e para a África como um todo pelo fato de um representante do continente ir as semifinais pela primeira vez na História das Copas. Quanto a Portugal, volta pra casa com a estranha sensação de que se tivesse jogadores mais rápidos, poderia ir mais longe. Fato Rápido: Marrocos tinha feito história em 1986 como o primeiro africano a chegar em fase de mata-matas e hoje foi o primeiro africano a ficar entre os quatro primeiros de uma Copa. E adivinha quem foi o adversário que Marrocos enfrentou e venceu em 1986 para se classificar? Portugal. A história se repetiu depois de 36 anos.

Nota do Jogo: 9,5


Inglaterra 1×2 França

Local: Estádio Al Bayt, em Al Khor
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Brasil)
Gols: Harry Kane (Inglaterra), Aurelién Tchouaméni, Olivier Giroud (França)
Cartões amarelos: Antoine Griezmann, Ousmane Dembélé, Theo Hernández (França)
Cartões vermelhos: nenhum

Inglaterra: Jordan Pickford; Kyle Walker, John Stones (Jack Grealish), Harry Maguire e Luke Shaw; Declan Rice, Jordan Henderson (Mason Mount) e Jude Bellingham; Bukayo Saka (Raheem Sterling), Harry Kane e Phil Foden (Marcus Rashford). Técnico: Gareth Southgate

França: Hugo Lloris; Jules Koundé, Raphaël Varane, Dayot Upamecano e Theo Hernández; Aurélien Tchouaméni e Adrien Rabiot; Ousmane Dembélé (Kingsley Coman), Antoine Griezmann e Kylian Mbappé; Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps


OPINIÃO: Outro grande jogo aqui. Não teve um domínio tão claro no primeiro tempo onde houve um certo equilíbrio entre franceses e ingleses. A diferença veio a favor da França em um belo gol de fora da área de Tchouaméni no primeiro tempo. Depois, os ingleses cresceram bastante no segundo tempo com as mudanças táticas e pressionaram os franceses em seu campo de defesa conseguindo o empate em um pênalti bobo cometido por Tchouaméni que Harry Kane bateu bem. Os franceses acordaram em seguida e conseguiram o gol da vitória através de uma cabeçada de Giroud em um cruzamento meio que despretensioso. Foi então que a Inglaterra conseguiu um segundo pênalti flagrado pelo VAR e Harry Kane foi lá bater de novo. No entanto, isolou a cobrança e com ela, as chances de uma prorrogação inevitável. No fim das contas, os franceses conseguiram a classificação mais pela eficiência das conclusões do que por fazer uma boa partida. Quanto a Inglaterra, merecia melhor sorte desta vez e Harry Kane sem dúvida será o execrado da vez pelos jornais e pela torcida britânica de forma até imerecida. 

Nota do Jogo: 9,5    

 

Por enquanto é isso, leitores e leitoras fieis.
A partir de terça-feira começará as semifinais.

Até lá. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Primeiro Dia das Quartas-de-Final da Copa do Mundo de 2022

Boa noite a todos e a todas.

Hoje tivemos o início das quartas-de-final com uma eliminação surpreendente do Brasil e um jogo espetacular entre argentinos e holandeses. O termo comum entre esses dois jogos resume-se a uma palavra: pênaltis.

Vamos as fichas técnicas e as análises agora.

Croácia 1×1 Brasil (Nos pênaltis, 4 x 2 Croácia)

Local: Estádio Education City, em Al Rayyan
Árbitro: Michael Oliver (Inglaterra)
Gols: Bruno Petkovic (Croácia), Neymar (Brasil)
Cartões amarelos: Marcelo Brozovic (Croácia), Danilo, Casemiro, Marquinhos (Brasil)
Cartões vermelhos:
 nenhum

Croácia: Dominik Livakovic; Josip Juranovic, Dejan Lovren, Josko Gvardiol e Borna Sosa (Ante Budimir); Marcelo Brozovic, Mateo Kovacic (Lovro Majer) e Luka Modric; Mario Pasalic (Nikola Vlasic), Andrej Kramaric (Bruno Petkovic) e Ivan Perisic. Técnico: Zlatko Dalic

Brasil: Alisson; Éder Militão (Alex Sandro), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo; Casemiro, Lucas Paquetá (Fred) e Neymar; Raphinha (Antony), Richarlison e Vinícius Júnior (Rodrygo). Técnico: Tite


OPINIÃO: Um jogo simplesmente horrível no tempo normal. Os croatas tomaram a iniciativa no primeiro tempo, mas não tinham um finalizador e os brasileiros eram muito lentos na transição defesa-ataque. Com as entradas de Antony e Rodrygo no segundo tempo, o Brasil criou chances embora não chegando a transformar Livakovic no melhor em campo. Na prorrogação, as coisas melhoraram um pouco e graças a uma rara jogada de Neymar após tabela com Rodrygo, o Brasil saiu na frente. No entanto, foram os croatas que melhoraram com a entrada do dito finalizador e os contra-ataques ficaram um pouco mais frequentes. Num deles, após uma gritante falha ofensiva brasileira, Bruno Petkovic girou, bateu e teve um leve desvio pra enganar Alisson e empatar o jogo a cinco minutos do fim da prorrogação. Nos pênaltis, brilhou mais uma vez a estrela de Livakovic que defendeu a primeira cobrança e viu a de Marquinhos acertar a trave enquanto seus companheiros convertiam todas suas cobranças para garantir a vaga a semifinal pela segunda vez seguida. Quanto ao Brasil, volta para casa lamentando as lesões dos dois laterais-esquerdos e também os erros do técnico Tite em não variar seu esquema de jogo.

Resultado justo.

Nota do Jogo: 6


Holanda 2×2 Argentina (3×4 nos pênaltis para a Argentina)

Local: Estádio Lusail, em Lusail
Árbitro: Mateu Lahoz (Espanha)
Gols: Nahuel Molina, Lionel Messi (Argentina) Wout Weghorst duas vezes (Holanda)
Cartões amarelos: 
Wout Weghorst, Jurriën Timber, Memphis Depay, Steven Berghuis, Virgil van Dijk, Denzel Dumfries (Holanda), Marcos Acuña, Cristian Romero, Lisandro Martínez, Leandro Paredes, Gonzalo Montiel, Germán Pezzella (Argentina)
Cartões vermelhos: 
nenhum

Holanda: Andries Noppert; Jurriën Timber, Virgil van Dijk e Nathan Aké; Denzel Dumfries, Marten de Roon, Frenkie de Jong e Daley Blind (Luuk de Jong); Cody Gakpo (Noa Lang); Memphis Depay (Wout Weghorst) e Steven Bergwijn (Steven Berghuis). Técnico: Louis van Gaal

Argentina: Emiliano Martínez; Nahuel Molina (Gonzalo Montiel), Cristian Romero (Germán Pezzella), Nicolás Otamendi, Lisandro Martínez (Angel Di Maria) e Marcus Acuña (Nicolás Tagliafico); Rodrigo De Paul (Leandro Paredes), Enzo Fernández e Alexis Mac Allister; Lionel Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni


OPINIÃO: Um jogaço com J maiúsculo e com diversas variantes tanto no tempo normal quanto na prorrogação. Os argentinos dominaram o primeiro tempo e desperdiçaram boas chances aproveitando somente uma com Molina aproveitando passe magistral de Messi. Veio o segundo tempo e os argentinos ampliaram com Messi batendo pênalti feito de forma boba por Dumfries em Acuña. No entanto, meio que no desespero, Van Gaal encheu o time de atacantes e um deles fez uma enorme diferença para os holandeses, Weghorst.

O centroavante tinha tomado um amarelo no banco e já bem "pilhado" por isso, quase virou sozinho a partida com dois gols no fim sendo o primeiro numa bela cabeçada e o segundo em uma jogada ensaiada em cobrança de falta pegando a defensiva argentina desprevenida. Na prorrogação, seguiu o tiroteio argentino com os holandeses segurando enquanto podiam arriscando um ou outro contra-ataque perigoso. 

Nos pênaltis, Emiliano Martinez fez a diferença defendendo duas cobranças e garantindo a volta da Argentina a semifinal depois de oito anos. Os holandeses, mesmo com a derrota, saíram de cabeça erguida pela boa campanha que fizeram nesta Copa do Mundo.

Nota do Jogo: 10   


Por enquanto é isso, leitores e leitoras fieis.

Amanhã teremos os dois últimos jogos desta fase.


Até lá.